E de repente tudo ganha cor

Quando você percebe, já está com seu lápis desgastado e sem ponta e mordido na outra. Borracha na mão. Pronta pra entrar em ação. Mas até as forças faltam pra esfregar a tal no papel da sua vida para apagar as coisas indesejadas e... sem cor.

Você olha pra dentro de si mesmo e vê somente o preto no branco. E nos cantos, um ou outro tom de cinza. Até o nariz do Palhaço, o seu amigo imaginário não é mais vermelho tipo sangue. Traços inacabados, assim como muito dos seus sentimentos que não encontram o verdadeiro significado de ser. De estar. De existir. De te fazer sentir vivo. De te fazer viver... sorrindo.

E de repente tudo ganha cor...

Primeiro vem o brilho pra iluminar a sua tela. Brilho esse que vem dos olhos dela. Então um a um, os seus traços vão ganhando profundidade através das mãos mágicas dela, até que o seu desenho fique perfeito e colorido. Mesmo sendo só rabisco. Mesmo não sendo naquela forma quase 3D desenhado a base de uma xícara de café. Traços firmes e fortes, feitos rapidamente, movidos apenas a sentimentos, mas que expressam precisamente o seu mundo.

Aqueles traços malfeitos, que eram como cicatrizes do teu passado, passam a ganhar novo significado agora, mesmo em  cores primárias. E com as cores novas que se formam com a mistura destas, você deslumbra o que espera para
o seuo nosso futuro. Agora promissor. Agora com cor. A vontade é de descobrir todas as combinações de cores do universo.

E o melhor, é que você não se sente mais sozinho na sua caminhada. Encontrou uma cúmplice disposta a te observar. De te acompanhar. Sente e sabe que existe aquele alguém que já marcou a sua vida.

Seja na pele. Como na alma. Mas que de vermelho paixão, já marcou seu coração.

CHEERS!